Casos de consultório: conheça as práticas mais poderosas para tomar decisões em qualquer área da sua vida!

Seu maior desejo no momento era ter equilíbrio no relacionamento amoroso. O casamento não ia bem, tinha dificuldade em decidir o que era melhor: continuar na relação ou se separar?

Veio para a consulta em busca de ajuda alternativa e de autoconhecimento, porque sabia que era desta forma que conseguiria ajuda para resolver os conflitos do momento.

No caso de consultório de hoje eu quero falar para você sobre práticas que aprendi e que ensinei para milhares de pessoas, e que nos ajudam a tomar decisões rapidamente e em qualquer área das nossas vidas.

Vamos lá?

Como funciona a primeira consulta (dentro do consultório)?

Primeiro de tudo: se você quer saber como funciona uma primeira consulta de Terapia Holística; ou se é terapeuta e quer ter dicas de como realizar o seu primeiro atendimento, acesse o vídeo abaixo para saber mais!

Sempre que o consultante chegava para o atendimento, eu perguntava o que trouxe ele para a consulta.

Pois isso me auxiliava para saber quais eram as suas principais dificuldades, dores e problemas na vida. E a partir do que ele me falava, eu conseguia direcionar o trabalho, fazer as práticas e orientar ele no que estava precisando para o momento.

Depois disso, eu perguntava sobre o relacionamento com os pais, relacionamento amoroso, fatos marcantes sobre a infância e sobre a adolescência, situações cíclicas e outras perguntas que iam fluindo conforme o momento. Pois sempre gostei de personalizar o meu trabalho e gosto muito de surpreender os clientes, com atitudes e práticas que sejam coerentes com o processo que ele está vivendo.

Para os terapeutas eu gosto de indicar que montem o seu roteiro de perguntas, mas que também siga a usa intuição e vá conduzindo os atendimentos com os questionamentos que são importantes para aquele cliente.

Sobre o caso de hoje

Bem, agora falando mais sobre este caso, ela comentou que sua vida profissional ia bem e se sentia realizada nesta área. Tinha dois filhos e desde que a primeira filha nasceu, vinham tendo problemas no casamento. E atualmente estava pior.

Ela se sentia sozinha, distante do marido e sem vontade de lutar pela relação. Mas também não conseguia encerrar o ciclo e terminar o relacionamento.

Com relação aos pais, eram muito unidos. Teve uma formação mais conservadora e tradicional. A mãe sempre foi católica e de uns tempos para cá, se tornou espírita. Percebia que ela não conseguia se expor, se doava demais e vivia muito pelos outros.

O pai era mais rígido e distante. Fazia tudo certo, mas pelo ponto de vista dele. Era mais teimoso e não sabia se abrir para receber opiniões.

Lembra que na infância brincava muito e não recorda de muitas coisas. Na adolescência se sentia muito sozinha, deprimida, triste, chorava muito e vivia “fechada”. Tinha poucos amigos.

Falando mais sobre o relacionamento amoroso, ela já estava casada há quinze anos. Casaram rápido e cedo. Desde que teve a primeira filha, perdeu o encanto. Não o admirava mais. Ele tinha muito ciúme e isso a sufocava também.

Já quis se separar, mas engravidou do segundo filho e desistiu. Agora percebe que só foi piorando e que cada vez mais se sente distante dele e da relação.

O marido tem tentado reconstruir o casamento, está se esforçando para dar certo, mas ela sente que não tem mais conexão. Só que não consegue definir de uma vez por todas o que fazer.

Análise do caso

Neste caso, deu para perceber que a sua principal dor no momento era a de se sentir enfraquecida diante da vida para tomar decisões. Pois quando perguntei se ela tinha dificuldades em agir e resolver as coisas no dia a dia, ela me disse que não. Mas em outras áreas e desafios da vida, ela tinha essa dificuldade: de tomar atitude, de agir rápido e de se sentir forte diante dos problemas.

Era algo tão inconsciente que ela até se achava decidida. Só que quando fui fazendo outras perguntas e dando exemplos onde ela precisava decidir, vi que ela fraquejava e não conseguia tomar atitude rápido.

Essa situação com o casamento era apenas um reflexo de algo muito profundo e interno que precisava ser olhado e trabalhado: culpa, “autodestruição” e baixa autoestima.

Por isso, para conseguir definir exatamente o que fazer, precisava começar resgatando o amor próprio e a força interior que existia dentro dela para a partir disso, se sentir fortalecida e ter certeza das decisões que precisava tomar.

Lembrando que o que estou relatando aqui é específico para este caso. Nem todo mundo que está vivendo algo parecido, tem os mesmos sintomas que esta pessoa tinha. Ou as soluções são definitivas para todos. Cada caso é um caso e precisa ser analisado profundamente antes de tirar conclusões precipitadas, ok?

Dicas de consultório

Algumas dicas sobre decisão:

A primeira dica sobre tomar decisões vi no livro Essencialismo. Neste livro o autor diz que para tomar decisões rapidamente, precisamos entender que se não for um SIM óbvio, então é NÃO.

Além disso, Tony Robbins, em Poder Sem Limites, ensina a Fórmula do Supremo Sucesso, um método para se chegar onde quer:

  1. 1
    Decida o que deseja;
  2. 2
    Verifique o que está funcionando ou não;
  3. 3
    Mude o seu enfoque até alcançar o que quer;

Segundo ele, decidir produz um resultado que desencadeia os acontecimentos. Se você decidir o que quer, obriga-se a entrar em ação, aprender com isso e mudar a sua perspectiva.

O que acabará por criar um impulso necessário para atingir o seu resultado. Assim que você verdadeiramente se empenhar para que algo aconteça, o “como” vai aflorar por si mesmo.
Falo disto, porque a maioria das pessoas não consegue tomar uma decisão, porque fica presa no “como” vai ser se eu fizer isto, não é mesmo?

Após tomar uma verdadeira decisão, até mesmo uma que tenha sido difícil, a maioria de nós sente um verdadeiro alívio. Finalmente saltamos a barreira. E todos sabemos como é bom ter um objetivo claro e incontestável. Esse tipo de clareza nos dá poder. Com clareza, você pode produzir os resultados que realmente deseja para a sua vida.

Às vezes, ficamos tanto tempo sem decidir nada, que os músculos de “tomar decisão” ficam atrofiados e esquecemos essa sensação. Eu digo que o melhor modo de ser assertivo nas decisões é tomar cada vez mais decisões! Dessa forma, você fortalece esses músculos. Por isso, ter clareza e decidir o que se quer é o primeiro grande passo da sua caminhada. 

Algumas dicas sobre autoestima:

Algo bem simples que costumava fazer muito nos meus atendimentos era ajudar a pessoa a resgatar o que de melhor tinha dentro dela. Fazia isso perguntando sobre quais eram as suas principais potencialidades, o que mais amava fazer e o que a deixava feliz.

A partir disso fazíamos uma lista de coisas que a ajudasse a tirar “tempo para si” e estimulava ela a ter momentos para se sentir bem. Pois esta era uma forma bacana para começar a resgatar o amor próprio e a autoestima.

Mentalização para resgatar a força interior:

Feche os olhos, respire profundamente e receba esse momento! Sinta o seu corpo e entre em conexão consigo mesmo.

E neste instante lembre-se de um momento em que você recebeu muito amor e emanou o amor.

Como é estar neste lugar onde você se sente amado e recebe o amor?

Agora, lembre de um momento em que você sentiu muita gratidão. E recorde também de um momento em que alguém se sentiu muito grato por algo que você fez.

Como é estar neste lugar? Como é estar conectado com esses sentimentos de amor e de gratidão?

Receba esses momentos novamente, como se eles estivessem acontecendo agora.

E neste instante procure se conectar com todos os momentos em que você se sentiu forte e poderosa, aquele momento em que você sentiu segurança. A sua mente sabe e ela pode lhe levar a este lugar... Deixe fluir...

E então, sinta e perceba o quanto você é vencedora! O quanto é determinada e o quanto a vida lhe presenteou lhe dando toda essa confiança, essa coragem e essa força que só você tem!

Diga para você: eu sou uma vencedora! Eu sou sucesso! Eu sou confiante!

Receba essa energia, como se estivesse recebendo um presente da vida. Abra seu coração e permita que a vida lhe traga mais e mais bênçãos. Olhe ao redor e veja o quanto você é uma abençoada e o quanto a vida é incrível!

Como é estar neste lugar? Como é se sentir forte e confiante? Permita que essa força e essa energia esteja cada vez mais latente dento de você!


Para este caso, o ideal era pedir que a pessoa voltasse para continuar o tratamento. E nos próximos continuar com mais dinâmicas e práticas para ter mais autoestima e amor próprio. Porque é desta forma que vai se sentir cada vez mais forte e vai ter certeza do que fazer a cada momento, especialmente quando as dificuldades surgirem.

Além disso, no próximo atendimento daria para fazer algo mais específico sobre encerrar ciclos. Eu usaria uma prática que ajude a cortar laços e que eu não faria num primeiro atendimento. Pois o primeiro passo seria “olhar para si” e resgatar o que falei até agora para depois trabalhar especificamente o encerramento de ciclos. Isto se de uma consulta para outra não houver grandes mudanças, não é mesmo?

Se preferir, pode acessar o conteúdo desse post em vídeo