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27 ago Casos de consultório: como encontrar o sentido da vida e ter mais autoestima.
Casos de consultório: como encontrar o sentido da vida e ter mais autoestima.
Quando perguntei de 0 a 10 que nota ela dava para a sua vida, essa consultante deu nota 4.
No momento estava sem ânimo, sem autoestima, não se sentia feliz e nem motivada com a vida.
Além disso me disse que estava se perguntando qual o sentido da sua vida, pois se sentia perdida. E tinha muita dificuldade de falar, de se expressar. Também tinha dificuldade em se impor e não conseguia assumir as suas vontades.
O que ela desejava era ter mais autoestima e se libertar da insegurança e do medo. Sonhava em ter um negócio próprio e não estava feliz com o trabalho atual.
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Como funciona a primeira consulta (dentro do consultório)?
Quer saber como funciona uma consulta de Terapia Holística? Veja no vídeo abaixo! E para quem é terapeuta, também dou dicas de como realizar o seu primeiro atendimento.
Lembrando que cada caso é um caso. Por isso sempre indico aos profissionais que tenham um roteiro programado de perguntas importantes, e que irão conduzir o seu trabalho.
Geralmente eu costumo iniciar perguntando sobre as principais dificuldades, o que mais incomoda no momento, suas maiores dores e o que o incentivou a estar ali, buscar pela terapia.
Depois questiono sobre a sua história de vida: relacionamento com os pais, como foi a infância, a adolescência, relacionamento amoroso e fatos marcantes da sua vida.
E aí conforme a conversa vai fluindo, vou perguntando mais detalhes do que julgo ser importante saber. Pois é assim que consigo entender a melhor forma de ajudar essa pessoa que está ali na minha frente.
Além disso, é interessante que o atendimento do terapeuta seja dinâmico, que tenha exercícios e práticas que motivem e que encantem o cliente.
Por isso indico que sempre que possível, o terapeuta personalize o seu trabalho e que dependendo de cada caso, tenha ferramentas extras e específicas que ajude, ok.
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Sobre a história do caso de hoje
Sobre a história dessa consultante, ela ainda me relatou que os pais eram pessoas ótimas e faziam tudo pelas filhas. E que tinha uma irmã mais nova.
Lembra que na infância os pais brigavam muito e que ela sofria em ver eles discutindo. O pai gostava de beber, saia, chegava tarde e a mãe não gostava, mas também não tinha coragem de dizer nada. Ele se irritava com facilidade, gritava e quebrava as coisas de dentro de casa. O que a deixava com medo.
A mãe nunca se impunha, disse que ela “não tinha boca para nada”. Mas era mais carinhosa com as filhas. Já o pai era mais ausente e não dava carinho. Era durão e não demonstrava sentimentos.
Sempre foram pobres, moravam de aluguel e recordava que na escola sofria porque sempre foi muito magrinha. Não lembrava do nascimento da irmã e lembrava pouco da infância.
Saia pouco na adolescência, porque não se achava bonita.
Aos 18 anos se apaixonou por um rapaz, tentaram namorar e não deu certo. Se sentia inferior e se anulava neste relacionamento, para agradá-lo.
Atualmente está com outra pessoa, mas ainda sonha com o outro. Está namorando para não ficar sozinha. Mas tem consciência que não o ama.
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Análise do caso
Neste caso podemos analisar que esta consultante não tinha nada que a motivasse de fato. E que quando comecei a questionar sobre um propósito que a movesse, ela não tinha nada em mente.
Como sou Pedagoga de formação e estudei várias teorias diferentes que falam sobre a infância, costumava questionar os consultantes sobre o que eles sonhavam ser quando crianças, depois que crescessem. E alguns lembravam, sabiam e outros, assim como neste caso, não lembravam de nada.
Mas o que isso representa? Bem, na infância nós estamos moldando a nossa personalidade, mas também estamos recordando de quem somos em essência. Não temos crenças limitantes ainda e nem temos filtro. Tudo que ouvimos fica no nosso inconsciente e vamos absorvendo e construindo as nossas verdades sobre a vida.
Na maioria das vezes, quando tínhamos algum sonho de “ser alguém” (profissionalmente falando) na infância, isto indicava o que viemos fazer neste mundo.
Por outro lado, ao esquecer da infância, isso denotava que a pessoa se anulou completamente da sua missão de vida. Estava tão desencontrada, que apagava esta possibilidade da mente, entende?
Por isso que ela realmente precisava resgatar a autoestima, o amor próprio, a conexão com a origem e também ter momentos para si. E principalmente: ela precisava aprender a ficar de bem consigo e se sentir confortável em ficar sozinha em alguns momentos.
Afinal, não deveríamos ter dificuldade com isso, pelo contrário. Eu digo que “não nascemos grudados em ninguém”, portanto ficar sozinho também é importante, tanto quanto compartilhar a vida om outras pessoas.
Outra questão muito importante que consegui perceber na nossa conversa é sobre o fato de ela carregar as dores que não eram suas. Absorver o que não era seu, para si.
Ela precisava parar de cuidar da vida de todo mundo e começar a cuidar da sua própria vida. Eu digo que nesses casos, todas as desordens que ela sentia indicavam que a alma está gritando para ser ouvida. E quanto mais distantes ela ficava de si, mais a vida ia piorando.
O fato de viver pelos outros e não estar disponível para a própria vida, precisava ser resgatado urgentemente. Isso pode ser uma forma inconsciente de querer “salvar a sua família” das dores que eles não estavam conseguindo resolver.
Mas, como sempre digo aqui: não podemos nos envolver nos assuntos dos nossos pais e querer resolver as dores deles. Pois os seus assuntos são muito grandes para nós. E só cabe a eles solucionar elas.
Por isso ela também precisava praticar o exercício de se colocar no lugar de filha para ter coragem de seguir sua vida, sem depender do amor de ninguém.
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Dicas de consultório
Ter momentos de silêncio. Olhar para si, para o interior é essencial. Neste caso eu faria alguns áudios no celular mesmo com mentalizações que ajudassem a resgatar o amor próprio. E enviaria para o whatsapp dessa cliente. Para isto gosto muito de usar livros como os da Louise Hay: Ame-se e Você Pode Curar sua Vida. Ou Ame-se e Cure sua Vida.
Também poderia fazer uma playlist de pessoas que falam sobre autoestima no Youtube, por exemplo, e indicar vídeos bem legais sobre o assunto.
Ter consciência do que é seu e não é. Proteger e blindar a energia através de exercícios, mas principalmente se conscientizar que ela precisava ter momentos de merecimento, momentos para fazer o que ama.
Também vou deixar esse vídeo que fiz esses dias com algumas dicas tops sobre como ter mais autoestima.
Acredito que ao praticar tudo isso, mais a mentalização que vou sugerir a seguir, começaria a dar um norte. E a partir disso, poderia ter clareza sobre sua missão de vida e o que quer para o seu futuro.
Agora vou sugerir uma mentalização que faria com esta cliente. E claro se você se identificou um pouco com essa história, certamente vai gostar de fazer também. Vamos lá?
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Mentalização
Feche os seus olhos, respire profundamente e receba esse momento, receba a vida.
E nesse instante, conecte-se com o seu coração e com os batimentos cardíacos. Respire e sinta o ar entrando, o ar saindo e perceba os movimentos do seu corpo.
Sinta como é estar com você, sentir você, perceber você!
Acolha os movimentos do corpo, acolha os movimentos da vida. E nesse instante, imagine como se estivesse se vendo no espelho.
Olhe para você e quando você olha para si, você também olha para a sua origem, para quem lhe deu a vida.
E nesse instante, agradeça! Sinta muita gratidão por ser quem você é! Pode ser que agora palavras, mensagens e coisas ruins que disseram a seu respeito, lhe impeça de ver a grandeza da sua alma e do seu olhar.
Continue se olhando, e ao continuar olhando, você se conecta com a sua alma e não apenas com a aparência ou com o corpo físico. E então agora imagine sua mãe e conecte-se com a grandeza que veio de todo o sistema dela. Conecte-se com a força que você recebeu de todas as mulheres, de todos os homens e receba as bênçãos de todos que vieram antes!
Depois, olhe para o seu pai e conecte-se com toda a grandeza que veio do sistema familiar do seu pai. E honre todos que vieram antes. Sinta que a mãe está do seu lado esquerdo, o pai do lado direito e que você recebe toda a bênção deles!
E nesse movimento, entregue-se a vida, entregue-se ao amor dos seus pais e receba toda a força que você tem, tome consciência do quão forte e incrível você é. E o quanto você pode servir a vida. Deixe a vida lhe surpreender, deixe a vida mostrar como ela é linda e receba esse momento!
E quando se sentir plena e forte, vá lentamente voltando, abrindo os olhos e mantendo dentro do coração tudo que você sentiu e viveu neste momento.
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Dicas para terapeutas
Após finalizar a meditação ou a prática que você achar mais conveniente aplicar no momento, o ideal é que você recomende que o consultante volte. Até porque neste caso, ela precisaria que você a ajudasse a ter metas, a saber sobre o que quer para si e para o seu futuro.
Assim você pode acompanhar mais de perto os movimentos que serão feitos, as transformações e poderá continuar ajudando-o com relação as suas metas para o futuro. Pois se continuar mudando a sua mentalidade e “se colocando no seu lugar”, muitas transformações positivas irão ocorrer.
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