Como o terapeuta pode se sentir seguro nos atendimentos?
Como ser mais confiante no meu trabalho de terapeuta?
O que fazer para perder o medo e me assumir?
Qual a postura ideal do terapeuta?
O que fazer para me preparar para os meus atendimentos?
No post de hoje eu quero falar sobre o que eu considero ser essencial para qualquer terapeuta aplicar, tanto para quem está começando. E também para os mais experientes…
Uma das coisas que eu aprendi ao longo de mais de 8 anos atendendo presencialmente e nos mais de 15 anos atuando na área das Terapias Holísticas é algo que aplico na minha vida: ocupar o meu lugar!
Mas, Cátia, como ocupar o meu lugar?
Costumo dizer que quase todos os terapeutas e inclusive eu tive uma postura de me colocar como “salvadora” na vida dos meus clientes. Ou existe uma tendência (inconsciente) de “tomar o lugar de pai e mãe do cliente”.
Muito comum essas duas posturas... a de ser o salvador e a de ser pai e mãe do cliente.
Geralmente agimos assim quando tomamos toda a responsabilidade e o peso da melhora do cliente para nós, terapeutas. Ou quando tentamos facilitar demais as coisas, não demos alguns limites ou temos uma atitude julgadora. Julgamos e dizemos o que é certo ou errado.
Costumo dizer que dentro do consultório precisamos apontar caminhos, orientar, faze-los pensar, questionar e mostrar novas direções. Mas não podemos dizer o que é certo e errado. Porque esse papel é do próprio cliente e não do terapeuta.
Além disso, ainda tem o risco de você ocupar um lugar muito grande, de se auto exigir demais ou sentir que não fez o suficiente para o seu cliente. E ainda o seu consultante pode sentir essa autoexigência sua, e isso começa a gerar a desordem. Pois você não pode assumir um lugar na vida das pessoas que não é seu.
Seguindo nessa proposta, precisamos conscientizar o nosso cliente que ele é o salvador de sua própria vida... não é você, terapeuta, não é o remédio, não é o médico, a religião... pois a cura, a libertação e a salvação de tudo está dentro dele mesmo. E o que fazemos é despertar esse poder a cada consulta que fazemos.
Com isso você irá se sentir mais leve diante da ajuda que irá oferecer. Mas, você precisa treinar diariamente. Todos os dias deve praticar esse processo de se colocar no seu lugar.
Por exemplo, quando você não consegue respeitar os seus pais, você terá dificuldade de respeitar os seus clientes e eles poderão ficar agressivos ou irem embora e nunca mais voltarem, pois eles sentem quando algo não conecta.
É importante você saber também que independentemente da história de cada um, todos nós temos um amor profundo por nossos pais. Mesmo que eles partiram, mesmo que você foi abandonado ou rejeitado por eles... você só existe pela existência dessas duas almas, e só foi concebido através da força do amor. Portanto quando nos colocamos no nosso lugar, equilibramos os papéis que ocupamos nas mais variadas situações do dia a dia…
Na prática eu recomendo que antes de entrar em uma consulta você já entre com essa visão de ser TERAPEUTA... repito novamente: não sendo pai, nem mãe, nem salvador! Se é terapeuta seja terapeuta!
Eu, Cátia Bazzan, fiz isso com minha mãe, carreguei muitos pesos que não eram meus e com isso o fardo ficou pesado e eu não tive tempo para mim. Quando deixei os meus pais viverem, aprenderem, foi minha libertação. E passei a ser filha! Hoje respeito o lugar deles, pois eles são grandes, bem maiores do que eu... eu sou menor!
É dessa maneira que você estará presente para o seu cliente, inteiro, sem a sensação de que não está fazendo tudo o que pode. Com isso você ganha força! A força que vai te ajudar a desenvolver o melhor papel possível como terapeuta.
O que faço para me preparar, para atender... para cuidar da energia do consultório?
Indico um exercício muito prático e simples... organize o espaço tanto fisicamente como energeticamente. E imagine no ambiente luzes: violeta para limpar, purificar... luz branca para trazer paz, tranquilidade e leveza... luz dourada para proteger o ambiente.
Você também pode fazer um exercício de proteção, imaginando um tubo, cilindro que te protege. Em cima tem uma abertura, que é a sua conexão com o Divino, por cima uma pirâmide de luz com muitas cores que vão fluir conforme o momento. Faça sua oração pessoal, coloque a intenção de que do seu lugar, do melhor que pode, na condição que tem, você quer ajudar o seu consultante como terapeuta dele. Diga aos amparadores que está disponível para atender aquele cliente que estará com você.
Outra coisa essencial é você ter um passo a passo da consulta para se sentir mais seguro. Busque o conhecimento, quais são as perguntas ideais para fazer (relacionamento com pais e em geral, o que trouxe para o atendimento, dificuldades, histórias de família, infância, o que quer como metas, quais são as coisas cíclicas, sonhos, ...), converse com o cliente, fale sobre o seu trabalho rapidamente. Isso já vai formando uma conexão!
Lembre-se sempre de que quando está conversando com o seu consultante já está conscientizando-o.
Personalize sua consulta, a técnica você aplicará como ela é, mas o antes e o depois você pode tornar uma experiência só sua com seu consultante. E digo mais, aí pode estar um grande diferencial de seu trabalho como terapeuta.
Eu desenvolvi um método, que chamo de método que encanta clientes no primeiro atendimento. Ele está no meu treinamento online, o Terapeuta do Zero. Lá eu aprofundo mais esse passo a passo da primeira consulta e também ajudo você a perder o medo e a insegurança de iniciar na profissão. Caso queira saber mais, clique aqui.
Se prepare, se organize, crie o seu método, assim como eu tenho e criei o Terapeuta do Zero.
Com isso você saberá o que fazer e tornará o seu trabalho incrível.
Fica mais uma dica: entender e respeitar a lei da vida, quebrar paradigmas, olhar para frente com muita gratidão... honrando o seu passado e construindo o seu futuro... e principalmente, aprenda a cuidar de você em primeiro lugar!
O Terapeuta nunca pode parar de fazer sua reforma íntima e buscar sempre mais conhecimento e praticá-lo. A vida é movimento. Você nasceu pronto... então vá para o campo de batalha! E nunca desista desta missão de ser terapeuta. Estamos juntos.